29 de fev. de 2016

2016 - ANO BISSEXTO



2016 é um ano bissexto. Mas afinal o que significa isso?


O ano tem a duração de 365 e seis horas (5 horas, 48 minutos e 46 segundos), que é o tempo que a Terra leva para dar uma volta em torno do Sol (movimento de translação).

O acréscimo de um dia a mais no ano, a cada quatro anos, é necessário porque a cada ano, sobram quase seis horas, que vão se acumulando até que, depois de quatro anos, a diferença seja de um dia (4 x 6 = 24).

É para resolver essa diferença que o dia 29 de fevereiro aparece a cada quatro anos.


Se não houvesse os anos bissextos, com o tempo a diferença seria cada vez maior, a ponto de alterar a relação entre a contagem do tempo e as estações do ano, por exemplo. 

Como houve erros no cálculo do Calendário Juliano (o que foi criado por ordem de Júlio César), no século XVI já havia uma diferença de quase dez dias completos. Por isso, foi feito um novo calendário, o Gregoriano, que está em vigor até hoje. Para corrigir a diferença, foram suprimidos 10 dias do calendário. Isso mesmo: depois do dia 4 de outubro de 1582, veio o dia 15 de outubro. Os dias 5 a 14 de outubro daquele ano simplesmente não existiram.




Como reconhecer um ano bissexto?
 Para saber se um ano é bissexto ou não é bem simples:
- Se o ano não terminar em 00 - Basta pegar os 2 últimos algarismos e dividir por 4. Se a divisão for exata, o ano é bissexto.
Exemplos:
2016 = 16/4 = 4 = é bissexto

2013 = 13/4 = 3,25 = não é bissexto


- Se o ano terminar em 00Basta dividir por 400. Se a divisão for exata, é bissexto. 
Exemplos:
2000 = 2000/400 = 5 = é bissexto
1900 = 1900/400 = 4,75 = não é bissexto


Eu nasci num ano bissexto. E você?

27 de fev. de 2016

ELEIÇÕES NO IRÃ - Grandes filas de eleitores

Irã tem filas junto às urnas


 O Irã registrou alto comparecimento às urnas nas eleições legislativas de ontem (26/02/2016), as primeiras desde que o político moderado Hasan Rouhani chegou à Presidência  e desde o acordo que pôs fim às sanções contra o país. O acerto deve permitir que o país abandone seu isolamento e reative uma economia debilitada. 

As eleições visam a preencher  vagas no Parlamento (Majlis), e na Assembleia de Notáveis, conselho de clérigos que nomeia o líder supremo - o atual líder é o aiatolá Ali Khamenei. Os dois órgãos são, hoje, dominados por conservadores. A votação é vista por analistas como um momento crucial que pode remodelar a próxima geração do país.

Rouhani foi eleito prometendo incentivos à economia, o fortalecimento de alianças internacionais e oferecendo garantias de mais liberdades à população. O pleito do dia 26 servirá de termômetro dos três anos de gestão do presidente, que deve buscar a reeleição no ano que vem. 



Os primeiros números do pleito podem sair hoje (27/02/2016), mas uma melhor tabulação do resultado das urnas pode levar dias, já que não há partidos políticos. As candidaturas são individuais.



De maneira geral, as eleições estão divididas entre os políticos de linha-dura e os moderados, que apoiam as reformas de Rouhani. Há, ainda, os independentes. Um número significativo de candidatos que pregam reformas foi desqualificado pelo Conselho de Guardiões e impedido de concorrer.

A maioria dos candidatos frisou a importância de reanimar a economia , fragilizada pela queda do petróleo, pela inflação e pelo desemprego. A expectativa de analistas é de que o sucesso de Hasan Rouhani com o acordo nuclear, que beneficiou a economia, impulsione os moderados.



Há quatro anos, a taxa de participação foi de 64,2% em todo o país, e de 48% na capital, Teerã. Segundo uma fonte eleitoral, até as 21h locais (14h30min no horário de Brasília), cerca de 28 milhões dos 55 milhões esperados já haviam comparecido às urnas naquele momento.



Ao votar no Ministério do Interior, Rouhani declarou que seu governo via nas eleições "uma imensa marca de confiança" e que o conjunto das instituições garantiria que fossem "legítimas e saudáveis". O líder supremo foi um dos primeiros a votar em uma mesquita situada no complexo onde reside, na capital.

- Todos devem votar, todos aqueles que amam o Irã, a República Islâmica,a grandeza e a glória do Irã - declarou depois de depositar o voto.

Em outro centro eleitoral instalado em uma mesquita de Teerã, o iraniano Atefeh Yusefi, 38 anos, reafirmou sua intenção de votar depois de ter deixado de comparecer em ocasiões anteriores.

- Espero que as reformas melhorem a situação, já que a solução não é uma mudança de regime, e sim reformas - declarou.

Já o eleitor Esmat Savadi, 54 anos, disse votar "para reforçar os pilares da santa República Islâmica do Irã".

Fonte: Jornal Zero Hora, 27/02/2016.
Imagens: 
http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/eleicoes-parlamentares-servirao-como-termometro-no-ira
http://oglobo.globo.com/mundo/votacao-macica-nas-eleicoes-no-ira-deve-favorecer-rouhani-1-18763174
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/02/ira-vota-para-escolher-especialistas-e-representantes-no-parlamento.html
http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2016/02/26/por-que-as-eleicoes-desta-sexta-no-ira-sao-importantes.htm

26 de fev. de 2016

ELEIÇÕES NO IRÃ

Homens constituem 90% dos 4,9 mil candidatos às eleições para o próximo parlamento do país

     As mulheres iranianas, que representam mais da metade da população, mas apenas 3% dos deputados do parlamento, aspiram ocupar mais cadeiras na Assembleia Legislativa a ser eleita hoje (26/02/2016).
     
     Sobre um total de quase 4,9 mil candidatos, apenas 500 são mulheres e nenhuma está na lista de aspirantes à Assembleia de Notáveis, que elege um guia supremo da República Islâmica, e que também será renovada hoje.

     O presidente moderado Hassan Rouhani nomeou três mulheres vice-presidentes, mas no parlamento há apenas nove deputadas de um total de 290. Desde a fundação da República Islâmica, em 1979, o número máximo de deputadas foi de apenas 14.

     O Irã tem uma população de 79 milhões de habitantes, dos quais 50,4% são mulheres. Diante desse grande desequilíbrio entre população e representação política, militantes da causa feminista lançaram a campanha "Mudar a Face Masculina do Parlamento".

     O primeiro objetivo é obter nestas eleições 50 deputadas, o que seria um grande passo adiante, explica Jila Shariatpanahi, uma das líderes da campanha.

     - No parlamento ou na Assembleia de Especialistas nosso objetivo é lutar contra a discriminação - disse Shariatpanahi.

     Para a Assembleia de Especialistas, integrada por 88 membros, a tarefa será impossível, já que as 16 mulheres que aspiravam a ser candidatas foram eliminadas pelo Conselho dos Guardiões da Constituição, que controla as eleições no Irã.

     Uma mulher, Monireh Gorji, fez parte da primeira Assembleia de Especialistas, mas, desde então, elas foram sistematicamente excluídas dessa instituição-chave na República Islâmica. 

         Nada impede que as mulheres tenham cargos de primeiro plano, defende Jila Shariatpanahi, uma física que participou do programa nuclear iraniano entre 1975 e 1987.

     Fonte: Zero Hora, 26/02/2016


O que está em jogo na eleição
Luiz Antônio Araujo 

    Os iranianos vão às urnas hoje para eleger integrantes de dois organismos distintos. O primeiro é a Assembleia Nacional Legislativa (Majlis), o parlamento da República Islâmica. O Majlis, com 290 deputados, é eleito pelo voto popular a cada quatro anos.
       
      Quando comparado com outros parlamentos da região, o iraniano pode ser considerado plural: cerca de 8% de seus membros são mulheres, e as minorias religiosas reconhecidas pela República Islâmica como "povos do Livro", como cristãos e judeus, têm direito a um mínimo de cinco cadeiras (atualmente, ocupam 14). Embora essa instituição tenha poderes amplos, podendo até mesmo destituir presidentes e ministros, na prática ocupa um lugar subalterno em relação à suprema autoridade religiosa do líder supremo - hoje, o aiatolá Ali Khamenei - e o Conselho de Guardiões, que tem o poder de vetar leis aprovadas pelos parlamentares.

     A eleição mais importante de hoje, porém, é a do segundo organismo, a Assembleia de Notáveis. Essa instituição congrega 88 especialistas religiosos xiitas eleitos a cada oito anos pelo voto popular.

     A tarefa da Assembleia é eleger o guia supremo e fiscalizar sua atuação. Na prática, não  chega a se sobrepor ao Conselho de Guardiões, que podem vetar a eleição de alguns de seus membros.

     A idade avançada de Khamenei, que completará 77 anos em 16 de julho, sugere que os notáveis a serem eleitos hoje, com mandato até 2024, terão entre suas atribuições a eleição de seu sucessor. é por isso que, do ponto de vista do jogo do poder no Irã, eleger o maior número de partidários à Assembleia de Notáveis é a principal preocupação das correntes moderada e dura do regime.